segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Silêncio

real em luz que invade a casa
meu rosto o vento humildemente acaricia
das etéreas bachianas 
o olhar para fora, o coração atento
respirando a existência do menos
não sendo
ele me manda ter coragem
eu simplesmente obedeço
preciso experimentar
Isso não é dor é pulsar
é amar no vazio que se propõe em silêncio
é cavalgar na incerteza
no eterno despertar
é aceitar o passado
presentear no ato
deslizando na inconstância daquilo que ainda
não está pronto, é raro efeito
amordaçados pensamentos que ecoam
varrendo folhas passadas
libertando os sons que falam
dando vozes aos desenlaces
recebendo um dia seguinte de sol
onde se possa repousar
deixando o silêncio resolver o verso...
desfazendo as canções
florescendo no refazer de cada uma
de cada duas, de cada três
em cada passo um peço
uma súplica muda, um  me calo
recebo a dor e a suavidade
de existir
em mim 
mesma
a luz invade a casa
e meu rosto suavemente acaricia
dando som as mais etéreas bachianas 
olho para fora, atenta
preciso experimentar
respirando a existência do ser menos
não sendo
quem me manda ter coragem
simplesmente obedeço
preciso experimentar
amar no vazio que se propõe em silêncio
cavalgar na incerteza
eterno despertar
preciso experimentar
em ato
daquilo que ainda apronto
raro efeito
ecoam versos varrendo folhas passadas:
libertando os sons
vozeando os desenlaces
em mais um dia em sol maior
onde eu possa repousar
no silêncio que resolve o verso...
faz canções
floresce 
refaz
muda, calo
suave
de insistir
em mim 

mesma