domingo, 30 de março de 2014

Quando eu era criança não tinha medo de enlouquecer de dor
Era mesmo só um coração recebendo e dando 
Colorindo tudo com minha presença
calma e alegre

Um dia aprendi a cantar e soltei um passarinho de dentro do peito

domingo, 23 de março de 2014

fui pro meu canto, deitei em seus braços e dele pude entender das horas desperdiçadas
de tantas outras coisas esquecidas
fui pro meu canto de onde soavam melodias presas, ainda de um ventre adormecido de saudade
fui pro canto novo de uma nascente verde, de onde brota a esperança e um novo canto
A vida em sua insana estupidez, amortece e me faz brotar, sangrar
a vida revida e entorpece, encanta e adormece
tonteia e escurece
a vida me trás e me leva, me esconde e me faz respirar
a vida solta o ar, e eu como com uma lança travada nas costas
caminho lentamente com o coração na boca e com palavras por vir

ainda em um tempo incerto espero me encontrar em um canto doce, verdadeiro e feliz