sábado, 27 de novembro de 2010

Alteridade

Hoje é um dia inquieto. Pertenço ao grupo dos providos: escola, universidade, aluguel e trabalho. Mais: Posso circular por onde bem desejo. Insistir, desistir, resistir e me amedrontar.
No momento não sinto medo, apenas apreensão em pensar nos outros humanos que me cercam. Alteridade não se aprende na escola. Não, muitas vezes ajuda, mas nunca é o bastante qualquer exercício filosófico em torno do tema. A família que viemos não é o bastante para nos orientar, os jornais e a TV, muito menos, eles, em sua maioria, apagam da historia as páginas avermelhadas, apenas ajudam a pautar os livros da escola.
Alteridade é mais do que saber se colocar no lugar do coleguinha. Até porque, muitas vezes, o coleguinha é mais sujo, mais grosseiro e mais fedorento que você. Alteridade pode ser também uma das forma da educação vigente da classe dominante se impor no quesito: incorporo tudo aquilo que vejo para que aquilo não seja mais da minha alçada, entrego aos especialistas uma fatia dessa questão...
Alteridade pode ser romântico, ético, filosófico e político. Pode ser da prática ou da teoria. Alteridade é exclusão, inclusão; extermínio.

Um olhar sobre o outro pode ser desvelador, mítico e ao mesmo tempo inquietante e deprimente...


É preciso tocar, olhar, cheirar e cuidar
Se misturar...
encontrar e desencontrar
desfazer nós e criar novas alianças
Estender o olhar e se aproximar...





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