domingo, 16 de outubro de 2016

Pedaço de fim

treze velas brancas, em cada canto um punhal,
E assim vou deixando o luar, peço humildemente que se vá em fim
Peço que não volte, que fique quieto, onde o mar resolva espiar...bordadura de imensidão!
Sofreguidão banhando a noite em lume,
Redondilha de percebimento, travando no peito um molestar sem fim
Infiel lastro rei, por sua turrice, caprichoso e urgente, o dia insiste em renascer
Perdido em fim, deixo o tempo encarregar o mastro lento da desilusão
Onda que lambe tudo, traga e se desfaz
Quieto me satisfaço em espuma, em maré embebida em sonho
Vida que se repensa em trago lento

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